“Passou a virada do ano com esse vazamento e está assim até agora”, diz uma moradora.
Redação
“É uma situação crítica essa que acontece na Rua Gonçalves Dias, entre Avenida Ceará e Rio Grande do Norte. Têm tantos países onde as pessoas precisam de água, e aqui estragando água desse jeito”, Cristina Soares da Silva, dona de casa.
Há pouco menos de dez dias noticiamos um problema resolvido pela empresa responsável pela distribuição de água e manutenção da rede de abastecimento e da rede de esgoto de Imperatriz. A água que jorrava há seis meses na Avenida Bernardo Sayão era resultado de uma peça quebrada que precisava ser substituída por outra que deveria vir da capital São Luis. Os moradores pensaram em acionar o Ministério Público quando uma equipe chegou com a tal peça. Um problema a menos.
No “Qual é a Bronca?” da última quarta-feira mostramos um cano que derramava água limpa na Avenida Beira Rio. Pessoas que frequentam o espaço de lazer, inclusive vendedores, informaram que o desperdício existia pela ação de vândalos, que usavam a água para tomar banho e em seguida arrancavam as torneiras deixando o líquido próprio para consumo lavar a grama e duas calçadas, até cair no Rio Tocantins.
Na edição desta quinta-feira (5), nessa mesma página, apresentamos a dona de casa Edelvira Rodrigues, de 52 anos, que todo dia tem a obrigação de sair de casa com um balde vazio, ir à casa da vizinha, a cerca de 150 metros, e voltar com o balde na cabeça, cheio, para ter o direito de lavar roupas e tomar banho, pois a água do Jardim Sumaré, de acordo com os moradores, é imprópria para o consumo por apresentar cor escura, além de sabor. Dona Edelvira, como a minoria dos moradores da Rua Nova Horizonte, possui em casa poço que, além de não oferecer água o suficiente, libera água sem condições para o consumo.
Enquanto falta água no Jardim Sumaré, Vila Macedo, parte da Nova Imperatriz e outros bairros da segunda maior cidade do Maranhão, “sobra” na Rua Gonçalves Dias, Centro, onde o desperdício começou há oito dias. “Começou com um buraco pequeno, o asfalto afundando, mas não saia água. O caminhão do lixo passou, o asfalto quebrou e o caminhão ficou com um pneu preso, a água começou vazar”, explica Cristina, informando que ficou assustada ao ver que o veículo grande e pesado poderia cair sobre a calçada dela.
A moradora diz que ligou três vezes para a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, CAEMA, e ouviu da atendente que em poucas horas uma equipe resolveria o problema. “Passou a virada do ano com esse vazamento e está assim até agora”, complementa.
A cabeleireira Rosa Mística também está inconformada com o desperdício e diz que foi pessoalmente até a empresa reclamar e pedir atenção para o caso. “O rapaz que me atendeu disse que o pessoal do setor responsável vinha aqui”, diz. Outras ligações também foram realizadas pelo eletricista Joel Lopes, que considerou o problema como “resultado da irresponsabilidade. Se a gente não pagar a água eles cortam, mas na hora de fazer manutenção eles não agem, é péssimo”.
Nossa reportagem não conseguiu falar com nenhum responsável pelo setor de água da CAEMA, mas o coordenador do setor de esgoto, Amadeu Ferreira, garantiu que repassaria as reclamações e que o mais rápido possível o vazamento seria contido.
Correio Popular
Postar um comentário