A Polícia Civil de São Paulo decidiu infiltrar investigadores nos protestos contra o aumento de tarifas do transporte urbano e rastrear a web para tentar identificar os manifestantes que depredaram e incendiaram ônibus e estações de Metrô na capital. O G1 apurou que ao menos 30 manifestantes já foram identificados.
Eles poderão ser responsabilizados pelos danos causados ao patrimônio público e privado e também serem enquadrados no crime de formação de quadrilha.
A identificação dos manifestantes suspeitos de vandalismo é feita com informações de policiais disfarçados nos protestos e por meio do rastreamento pela internet das páginas dos movimentos envolvidos nos atos.
Pessoas que estão postando mensagens em redes sociais incitando o quebra-quebra também poderão responder por apologia ao crime. O Movimento Passe Livre (MPL) tem organizado os protestos pela web. Nesta quinta-feira (13), é prevista a quarta passeata em menos de uma semana. A concentração deverá ser feita às 17h na frente do Teatro Municipal, na região central.
Os protestos das últimas quinta (6) e sexta-feira (7) e o de terça-feira (11) deixaram um rastro de destruição na região da Avenida Paulista e no Centro da cidade. De acordo com a 1ª Delegacia Seccional, 27 manifestantes foram detidos no período.
Dez foram acusados de danos e formação de quadrilha.Nas ocorrências registradas pelo 78º Distrito Policial, nos Jardins, e pelo 1º DP, na Sé, foram presos professores, estudantes, jornalistas, publicitário, metalúrgico, editor, artista, autônomo e desempregada entre as 13 pessoas que continuavam detidas na tarde de quarta.
Eles são acusados de cometer danos a patrimônio e formação de quadrilha. Somadas, as penas desses crimes superam quatro anos de prisão. Nesse caso, somente a Justiça pode arbitrar fiança para que os indiciados sejam soltos.
Cerca de 5 mil manifestantes participaram do último protesto, segundo a PM. O movimento contabilizou 20 mil.
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