
Um grupo de empresas em Paragominas, sudeste do Pará, foi alvo, nesta quinta-feira (4), de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Duas madeireiras do grupo foram embargadas por irregularidades na comercialização de madeira nativa.
As multas aplicadas pelo Ibama chegam a R$ 2 milhões. De acordo com o Instituto, o grupo é formado por pelo menos 12 empresas associadas, entre madeireiras, firmas de exportação e fábricas de MDF processados a partir de madeira de reflorestamento. O Ibama informou ainda, que as empresas são suspeitas de utilizar espécies nativas exploradas ilegalmente em áreas protegidas para fabricar parte dos produtos.
Durante a operação, a Polícia Federal também cumpriu 29 mandados de busca e apreensão em Paragominas, Dom Eliseu, Tomé-Açu e Pacajá. Documentos foram apreendidos e várias pessoas foram ouvidas, entre funcionários, administradores e sócios das empresas. Fraudes Em setembro de 2011, o Ibama flagrou uma exploração irregular de madeira na reserva biológica Gurupi, na fronteira entre os estados do Maranhão e Pará.
À época, segundo o Ibama, os 8 presos pelo crime ambiental afirmaram, em depoimento à Polícia Federal, que o grupo empresarial de Paragominas seria o responsável pelo desmatamento. O grupo, então, vem sendo monitorado desde 2011.
Durante as investigações, de acordo com o Ibama, foi comprovado que parte da madeira retirada da reserva foi retirada ilegalmente através das empresas do grupo, que utilizada um plano fraudulento de manejo florestal.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de fraudes gerou um faturamento de R$ 15 milhões para o conglomerado empresarial. A expectativa do Ibama é que o inquérito policial seja concluído ainda neste mês de abril, quando deverá ser enviado ao Ministério Público.
Deu no Jorge Quadros


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