A campanha teve inicio no começo desse mês (01/05/2019),
e tem como objetivo conscientizar a população da importância da participação da
sociedade nesse processo.
De acordo com a Secretária de Saúde Wilkar
Vasconcelos, a campanha esta sendo desenvolvida com a participação de profissionais
da saúde com a realização de palestras nas Unidades de Saúde, nas comunidades e escolas do município, com o intuito de conscientizar
a população, para a aceitação do paciente com transtorno mental.
“Outro ponto importante da campanha é basicamente a
luta contra os manicômios. Foi quando foi instituído que não havia a
necessidade de prender as pessoas portadoras de transtornos, que elas poderiam
ser acolhidas na residência ou no CAPS”, disse a secretária acrescentando que a
partir desse momento houve o entendimento de reconhecer esse paciente, como uma
pessoa que tem necessidades físicas e mentais e que precisa ser cuidada e não
presa e excluída da sociedade, finalizou.
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Com o lema “por uma sociedade sem
manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e
familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos
da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em
internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos
direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo
de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários
e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares,
historicamente discriminados e excluídos da sociedade.
Ainda de acordo com a secretáriaWilka, a campanha tem
o apoio da Prefeitura, Secretaria de Saúde como um todo, a Equipe do Nasser, equipe
do CAPS, com psicólogo, assistente social, nutricionistas, técnico de
enfermagem, enfermeiro e psiquiatra, todos empenhados com o mesmo propósito de
capacitar e informar sobre a luta manicomial.
A secretária disse ainda
que o Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta, pelos
direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à
idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos
tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental.
O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como
todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a
viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para
isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.
O Movimento da Reforma Psiquiátrica
se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do
país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que
simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em
Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.
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